Ajufest
O cantor Devinho Novaes agora faz parte dos artistas que integram o casting da Teo Santana Produções e a agenda do artista está aberta para shows em 2021.
O Boyzinho que estourou em 2018 em todo o país com o sucesso ‘Alô dono do bar’ se reinventou na pandemia, se destacou na Live ‘Arrastapé Solidário 18 do Forte’ e prepara novidades que serão apresentadas em breve para o público.
O jovem artista de apenas 22 anos segue em alta com o arrocha, outro grande sucesso foi ‘Como a culpa é minha (oi nego)’. O primeiro sucesso foi regravado em dueto com Wesley Safadão.
O segundo foi cantado ao vivo com Gusttavo Lima em Petrolina. O sergipano emplacou ainda o hit ‘Coração blindado’, dueto com Marília Mendonça.
Por trás de Devinho existe uma grande mulher, a sua avó, dona Lourdes, que é a sua maior incentivadora e mentora, além de ser compositora de algumas músicas do repertório como ‘Perdi a paz’ e ‘Mulher’. Uma mistura de tristeza, com letras de amor trágico, e alegria, com bases dançantes da banda de som vigoroso.
Até as referências musicais são coerentes com o fato de que ele foi criado pela avó. “Eu sempre gostei de brega, né? Júlio Nascimento [maranhense de bregas apaixonados como ‘Dinalva’, ‘Leidiane’ e ‘Luana’ e visto como precursor do arrocha], Adelino Nascimento [falecido ‘cantor apaixonado do povão’ sergipano]”, ele diz.
Devinho começou a cantar e tocar aos nove anos, quando ganhou em uma promoção de rádio seu primeiro instrumento: um cavaquinho. Mesmo com pouco dinheiro, a avó fã de brega incentivava o menino.
“Ela me ajudou, puxou minha orelha, falou: ‘Você vai ficar aqui no negócio de música’. Ela me criou desde os nove meses e batalhou bastante por mim. Para meu primeiro CD, gastou o dinheiro todinho da aposentadoria dela e investiu no neto”, conta Devinho.
“Fui para o violão e depois para o teclado. Fazia shows em festa de aniversário por 50, 80 reais e comecei a fazer vídeos em redes sociais. Minha avó e um amigo me ajudaram e gravei um disco e começou a espalhar o sucesso”, ele resume.
Um dos maiores sucessos de Devinho, ‘Como a culpa é minha (oi nega)’, nasceu em Angola em 2009 e fez escala em Pernambuco em 2011.
A música original é do cantor de r&b Anselmo Ralph. Ele é famoso em Angola e em Portugal: já foi mentor do “The Voice” português e cantou em festa de aniversário de Cristiano Ronaldo.
Chegou a cantar com brasileiros como Claudia Leitte e Alexandre Pires.
“Não vai dar”, a faixa de origem, faz parte de uma trilogia de faixas do angolano.
A terceira parte foi regravada pela banda recifense Torpedo, com a conversa por telefone sobre traição acrescentada na versão assinada por André Black. Assim nasceu “Como a culpa é minha” (2011).
Devinho tenta explicar o poder do arrocha. O gênero romântico e ao mesmo tempo dançante surgiu na Bahia no começo da década passada.
O arrocha se misturou ao sertanejo no resto do país, e também se manteve em alta no Nordeste com sua face de mais “sofrência”- vide o sucesso de Pablo.
“Com o arrocha a galera fica alegre, curte, chora lembrando da mulher que se separou. Puxa uma pessoa para dançar, mas também fica lembrando de quem perdeu.”