Por kid Gordinho Drt 5898
O futebol é feito de gols, glórias e aplausos. Mas, por trás das quatro linhas, muitas vezes se escondem histórias de dor, superação e luta pela dignidade. Esse é o caso de *Robert*, maior artilheiro da história do Atlético de Alagoinhas, que hoje trava uma das partidas mais difíceis de sua vida: a luta pela recuperação da saúde e pelo reconhecimento após uma grave lesão.
Em dezembro de 2023, Robert sofreu uma fratura séria na perna. No início do ano seguinte, passou pela primeira cirurgia, na qual recebeu uma placa e oito parafusos. O procedimento, no entanto, não trouxe os resultados esperados: dois parafusos quebraram após cinco meses, e o tornozelo não cicatrizou corretamente. Em novembro de 2024, ele precisou passar por uma segunda cirurgia, desta vez para corrigir a calcificação que ocorreu fora do lugar.
Desde então, sua vida virou de cabeça para baixo. Sem contrato formal com o clube em seu último ano de atuação, Robert se viu desamparado pelo INSS, que indeferiu seus pedidos de auxílio alegando falta de vínculo trabalhista. “Já são 1 ano e 8 meses sem receber nada. Meu contrato com o Atlético terminou em maio de 2023, mas como não houve assinatura em carteira, o INSS não reconheceu meu direito”, desabafa o jogador.
Apesar das dificuldades, Robert não está sozinho. Ele agradece, emocionado, à esposa Adriana, aos pais Arlene e Célio, à irmã Jéssica e a amigos como Paulo Roberto e Ramon que não o abandonaram. Também cita nomes como Bastos e Luciano Almeida, que viabilizaram exames médicos, além de fisioterapeutas que abriram espaço em suas clínicas para que ele pudesse continuar o tratamento. “Se não fosse essa rede de apoio, minha situação seria muito pior”, reconhece.
Mas nem tudo são gestos de solidariedade. O ex-atacante, que tantas vezes foi aplaudido e exaltado por dirigentes, políticos e torcedores, hoje sente o peso do abandono. “Muitos que batiam nas minhas costas no vestiário, que me chamavam de ídolo, hoje sequer atendem minhas ligações. Nunca imaginei passar por isso”, desabafa com a voz embargada.
A história de Robert é também a história de um ídolo. Foram *114 jogos e 64 gols marcados* com a camisa do Atlético de Alagoinhas, superando marcas históricas e escrevendo seu nome entre os grandes do futebol baiano. Em oito temporadas, viveu alegrias que até hoje ecoam na memória do torcedor carcará.
Hoje, porém, o que ele mais deseja não é vestir novamente a camisa do clube, mas recuperar a mobilidade e a dignidade. Em meio a promessas políticas não cumpridas, o maior artilheiro do Atlético de Alagoinhas apela por humanidade e reconhecimento. Afinal, a luta de Robert não é apenas por si, mas por todos os atletas que dedicam suas vidas ao esporte e, fora dos gramados, muitas vezes caem no esquecimento.
Neste momento, o jogador organiza uma *rifa solidária* para custear o tratamento.
“Amigos, se alguém puder me ajudar divulgando em outros grupos, ficarei muito agradecido. Preciso arrecadar esse valor para pagar as injeções de ácido hialurônico no meu pé, já que o médico me apresentou três opções:
1. Fazer a cirurgia cortando o tálus, o que me faria perder a mobilidade do tornozelo para sempre.
2. Colocar uma prótese no tornozelo, mas ele disse que ainda sou muito novo para isso.
3. Tentar o tratamento com injeções de ácido hialurônico para ver se consigo recuperar a mobilidade no tornozelo.”