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Médicos que atuam em cinco das principais unidades de saúde da rede estadual da Bahia entraram em greve por tempo indeterminado a partir da meia-noite desta quinta-feira (31). A paralisação atinge as maternidades Albert Sabin e Tsylla Balbino, o Instituto de Perinatologia da Bahia (IPERBA), além do Hospital Geral Roberto Santos e o Hospital Geral do Estado (HGE).
A decisão foi aprovada em assembleia realizada no último dia 24 pelo Sindicato dos Médicos do Estado da Bahia (Sindimed-BA). O movimento é um protesto contra o desligamento de médicos contratados sob o regime celetista pelo Instituto Nacional de Tecnologia e Saúde (INTS).
Segundo o sindicato, a greve afeta atendimentos de baixa complexidade — fichas verdes e azuis — e os procedimentos eletivos, como consultas ambulatoriais e cirurgias agendadas. Os serviços de urgência e emergência seguem funcionando normalmente.
O Sindimed afirmou ainda que a paralisação segue todos os trâmites legais e fez um apelo à categoria para que respeite os artigos 48 e 49 do Código de Ética Médica, que tratam da substituição de profissionais desligados por retaliação e da unidade da classe médica.
Em nota enviada ao Informe Baiano, a Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab) criticou a postura do sindicato, classificando a comunicação como “alarmista” e “desinformativa”. A pasta garantiu que não haverá descontinuidade no atendimento à população, já que empresas terceirizadas seguem prestando serviços nas unidades impactadas.
A Sesab também destacou que participou de reunião com o Sindimed, o Ministério Público do Trabalho e a Procuradoria Geral do Estado, onde foram apresentadas alternativas para manter os profissionais, como a contratação via pessoa jurídica e novos editais para celetistas. Parte dos médicos, segundo a pasta, já teria migrado para outros vínculos sem prejuízo na assistência.