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A prisão de Eduardo Martins Daltro de Castro Sobrinho, o Dudu, ex-vocalista da banda New Hit e atual backing vocal de Igor Kannário, na última segunda-feira (2), trouxe luz ao caso, que aconteceu em agosto de 2012 e chocou o mundo do pagode baiano.
Oito ex-integrantes da banda, além do vocalista, Dudu, foram acusados de abusar sexualmente de duas adolescentes no centro da cidade de Ruy Barbosa, a 320 quilômetros de Salvador.
O crime teria acontecido após os músicos receberem as jovens para uma sessão de fotos no ônibus da banda. As adolescentes tinham 16 anos à época do ocorrido e se apresentavam como fãs da banda, que tinham saído da cidade de Itaberaba para uma micareta em Ruy Barbosa.
De acordo com a decisão, “tão logo começaram a posar para as fotos ao lado dos ídolos, as vítimas foram surpreendidas com atitudes libidinosas”, que teriam sido praticadas por repetidas vezes em alternância, mediante violência extrema.
Na época, os integrantes da banda passaram 38 dias presos no presídio de Feira de Santana. Os músicos e dançarinos foram soltos após o habeas corpus e respondiam o processo em liberdade, até 2017.
Segundo a Justiça, durante o processo, além das duas vítimas e dez acusados, foram ouvidas 12 testemunhas incluídas pela acusação, por meio do Ministério Público, e 53 testemunhas de defesa.
A primeira condenação do caso aconteceu em maio de 2015 e, além dos músicos, o MP também denunciou o ex-policial militar Carlos Frederico Santos de Aragão, o décimo envolvido, que foi exonerado após acusação de conivência no crime.
Na época, os nove envolvidos foram condenados a 11 anos e oito meses de prisão pelo estupro coletivo de duas adolescentes em 2012.
Em 2017, Weslen Danilo Borges Lopes, William Ricardo de Farias, Michel Melo de Almeida, Jhon Ghendow de Souza Silva e Alan Aragão Trigueiros foram presos após uma determinação judicial que acatou pedido feito pelo Ministério Público estadual, por meio da promotora de Justiça Marisa Jansen.
Na decisão, a juíza Marcela Pamponet determinou a execução imediata da decisão condenatória de segunda instância, proferida pela Primeira Câmara Criminal do Tribunal de Justiça da Bahia.
Edson Bonfim Berhends Santos, Eduardo Martins Daltro de Castro Sobrinho e Guilherme Augusto ficaram foragidos, até se entregarem dois meses após a prisão dos ex-companheiros de banda.