Por kid Gordinho Drt 5898
Transtorno do Espectro Autista (TEA)
A cidade ganhou um novo e importante movimento voltado para a inclusão e o apoio a crianças e adolescentes com autismo e suas famílias. O projeto “Ativos no TEA” nasceu do desejo de Fernanda Paranhos, uma mãe que mudou de Salvador para a cidade do interior para trabalhar e criar seu filho Arthur, de 4 anos, diagnosticado com autismo. Apesar de conseguir suporte em rede privada , ao chegar à nova cidade, ela percebeu que famílias de baixa renda não tinham acesso a terapias e que a comunidade ainda carecia de uma visão mais inclusiva sobre o autismo.
Uma Rede de Apoio com Mães Atípicas
Fernanda optou por não enfrentar esse desafio sozinha. Como ela conta, “Decidi ser uma MÃE ATIVA no TEA, unir outras mães atípicas e mostrar que nossos filhos podem e devem estar no convívio social.” Foi então que ela reuniu um grupo de mães em um grupo de WhatsApp, e, a partir dessa união, o projeto “Ativos no TEA” começou a tomar forma.
Ações e Impacto do Projeto
Com o objetivo de oferecer apoio e fortalecer as famílias de crianças autistas, o Ativos no TEA promove estimulação terapêutica, ações de saúde, entretenimento, assistência social, jurídica e também oferece acesso ao conhecimento. A iniciativa depende da dedicação de voluntários e do apoio da comunidade, e esses esforços têm permitido levar às famílias uma melhor qualidade de vida, mesmo diante dos desafios diários.
Há cerca de dois meses, o projeto deu um passo ainda mais significativo com a inauguração do Primeiro Espaço Social de Estimulação para Crianças com Autismo. Esse espaço foi idealizado para que as crianças possam participar de sessões de estimulação sensorial e social, promovendo o desenvolvimento de habilidades e a autonomia dos assistidos. O espaço conta com profissionais voluntários e parceiros que ajudam a orientar as famílias.
Lembranças e Dicas sobre o Autismo
O projeto também busca conscientizar a sociedade sobre o autismo, sempre reforçando que:
Autismo não é uma doença.
Não existem graus de “mais ou menos autista”; cada caso é único e deve ser respeitado.
Comentários como “ele nem parece autista” podem ser desrespeitosos, invalidando os desafios enfrentados.
Autismo não é um “probleminha” e deve ser encarado com a devida seriedade.
Pessoas com autismo são consideradas Pessoas com Deficiência (PCD) perante a lei e devem ser tratadas com igualdade e respeito.
Conclusão
O “Ativos no TEA” vem mudando a forma como a comunidade enxerga o autismo, criando um ambiente mais acolhedor e inclusivo. Graças ao empenho de Fernanda Paranhos e das mães atípicas, as famílias agora contam com um suporte que torna o desenvolvimento de seus filhos mais acessível e digno