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Em janeiro, a região metropolitana de Salvador já registrou 100 pessoas mortas em 144 tiroteios. O número representa uma alta de 35% em comparação com o mesmo período de 2023, quando foram contabilizados 74 mortos. Os dados são do Instituto Fogo Cruzado e foram diculgados na terça-feira (30).
O marco foi atingido no sábado, dia 27 de janeiro, quando um homem foi encontrado morto na avenida Assis Valente, em frente a Pedra de Xangô, no bairro Fazenda Grande II, em Salvador. Até esta data foram 137 pessoas baleadas na RMS, 61% a mais que no mesmo período do ano anterior (85 baleados).
Salvador concentra a maioria das mortes, são 71 registros. É seguida por Camaçari (9 mortes), Dias D’ávila (6 mortes), Lauro de Freitas e Mata de São João (4 mortes cada), Simões Filho e Madre de Deus (2 cada) e Vera Cruz e Itaparica (1 cada).
Entre os casos de morte registrados 31 aconteceram durante ações policiais. Das 100 pessoas mortas, 59 tiveram a cor/raça identificada. Destes, 55 pessoas são negras e 4 são brancas. O dado chama a atenção porque em 2023 só foi possível identificar a cor/raça de uma parcela pequena dos registros (17 pessoas, das quais 16 pessoas mortas eram negras).
Em nota, a Secretaria da Segurança Pública informou que as mortes violentas apresentaram reduções de 12% na capital baiana, e de 15% na Região Metropolitana de Salvador (RMS), no período de 1° a 29 de janeiro de 2024, na comparação com o mesmo período do ano anterior.
A pasta ainda acrescentou que, em número absolutos, a Polícia Civil registrou 72 casos, na capital, em 2024, e 82 ocorrências no ano passado. Na RMS, aconteceram 44 mortes em 2024, contra 52 casos no ano passado. (Atualizada às 9h30 com o posicionamento da SSP)