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Um bebê de 2 meses morreu na madrugada desta segunda-feira (12), na ala pediátrica do Hospital Roberto Santos, por broncoaspiração, após receber três lavagens nasais na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Marback, em Salvador. Após o procedimento, Emanuel Pitanga sofreu também parada cardíaca.
A família da criança denunciou negligência nos procedimentos que a criança passou na unidade de saúde. Uma equipe médica teria realizado uma lavagem nasal com o bebê em uma posição incorreta para retirar secreção de catarro e a criança se engasgou e teve duas paradas cardíacas, segundo a família.
“Ela fez os procedimentos, ela mandou debruçar o bebê nos peitos da minha esposa. Minha esposa explicou que um pessoal falou que o procedimento era para frente, para que o soro passasse e saísse pelo outro lado, mas ela disse que o bebê tinha que engolir”, explicou o pai da criança, Vanderson Pitanga a TV Bahia.
O pai da criança apontou ainda que a parada cardíaca do filho começou após o bebê ser amamentado.
“Minha esposa perguntou se poderia dar de mamar e a técnica de enfermagem disse que não , mas que se quisesse poderia dar aos poucos. Minha esposa disse que o bebê mamou, mas não durou muito tempo. Ele começou a se entalar e começou o procedimento de reanimação dele”, afirmou.
A mãe do bebê, Juliana Pitanga, disse que a morte do menino foi confirmada por broncoaspiração após a criança se engasgar e ser transferida para uma sala de urgência do Hospital Roberto Santos.
““Ele estava no meu colo e começou a sair secreção pela boca. Eu comecei a limpar, uma outra técnica, que ia fazer a quarta lavagem, viu e disse: ‘olhe, mãe, quando ele tiver se entalando com secreção, ponha ele de buço”. […]
“No Hospital Roberto Santos falaram para o meu esposo que a causa da morte do bebê foi porque ele broncoaspirou, então ele broncoaspirou com o excesso de soro na lavagem, que o procedimento que ela fez não foi correto. Disseram para meu esposo que a causa da morte foi que ele broncoaspirou com o excesso da lavagem. Todas as seringas com soro que ela aplicou, ele engoliu. O certo era ela fazer com ele virado para a frente, para que o soro saísse na lateral. O correto era ela fazer a lavagem nasal com ele inclinado para frente para que o soro saísse pela lateral”, explicou.
A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) disse que a pasta está apurando o caso e que em breve iria divulgar informações.