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A violência na Bahia segue deixando a população preocupada. Com o assassinato de Cleyton Pereira Santos, de 30 anos, na noite de terça-feira, 29, os números de crimes praticados contra motoristas aplicativo seguem crescendo.
De acordo com o Instituto Fogo Cruzado, apenas em 2023, foram cinco motoristas por aplicativo vítimas de disparos de arma de fogo. Destes, apenas um ficou ferido e os outros quatro morreram.
Entre 1º de julho de 2022 a 30 de junho de 2023, os dados do Instituto Fogo Cruzado revelaram uma realidade alarmante. Foram registrados 1.545 tiroteios, que culminaram em 1.422 vítimas: 1.097 pessoas morreram e 325 ficaram feridas, nos 13 municípios que compõem a Grande Salvador.
Os homens são maioria entre as vítimas. Em um ano, 1.259 homens foram baleados: 1.002 mortos e 257 feridos. Houve o registro de 143 mulheres baleadas, onde 87 foram mortas e 56 feridas.
Duas pessoas não binárias foram baleadas: uma morreu e outra foi ferida. Não foi possível obter a identificação de gênero de 18 pessoas, sendo que sete delas foram mortas e 11 ficaram feridas.
Dentro do total de 1.422 vítimas registradas, 358 delas eram negras, 51 eram brancas, 1 era uma pessoa amarela e 1012 não foram identificadas racialmente.
Entre os adultos, a violência armada fez 1.343 vítimas: 1.050 pessoas foram mortas e 293 ficaram feridas. 21 idosos foram baleados, 13 foram mortos e oito feridos. Os dados são completados com 13 crianças baleadas: uma morreu e 12 ficaram feridas; e 44 adolescentes baleados: sendo 32 mortos e 12 feridos.
Somente durante o mês de julho, a capital baiana e região metropolitana registraram um total de 178 tiroteios, com 151 mortes e 36 feridos, segundo o levantamento do instituto Fogo Cruzado