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O prefeito de Salvador, Bruno Reis, se reuniu nesta segunda-feira (7), no Palácio Thomé de Souza, com integrantes da gestão municipal para discutir a adoção de tecnologias de ponta na área da segurança pública. A proposta é integrar soluções como drones israelenses e câmeras com reconhecimento facial ao futuro Centro de Controle Operacional (CCO) da capital baiana.
A reunião contou com a participação do secretário de Inovação e Tecnologia (Semit), Alberto Braga; do presidente da Companhia de Governança Eletrônica de Salvador (Cogel), Samuel Araújo; e do diretor-geral de Segurança Urbana, Humberto Sturaro. O encontro teve como foco a avaliação de iniciativas já implementadas com sucesso em outras capitais, especialmente São Paulo, onde o programa Smart Sampa tem se destacado.
“Infelizmente, a insegurança é hoje o principal problema da nossa cidade. Embora a segurança pública seja uma responsabilidade do Estado, vamos assumir esse desafio para proteger a população”, afirmou Bruno Reis.
Entre as iniciativas analisadas estão drones de última geração, usados em Israel, com capacidade de monitoramento aéreo em tempo real, e câmeras inteligentes com reconhecimento facial, como as utilizadas em São Paulo. Os equipamentos deverão ser integrados ao Observatório Inteligente de Salvador, atualmente em construção no Subúrbio Ferroviário, que funcionará como o CCO municipal.
De acordo com Alberto Braga, o projeto-piloto será implantado inicialmente no Centro Histórico e expandido gradualmente para bairros como Rio Vermelho, Barra e Itapuã. “São drones com alta tecnologia, ideais para monitorar áreas com grande circulação de pessoas e eventos temporários”, explicou o secretário.
Com mais de 26 mil câmeras instaladas, sendo 4 mil com leitura de placas, o programa Smart Sampa é apontado como referência. Em 2025, o sistema já colaborou para: 2.746 prisões em flagrante; 1.410 capturas de foragidos; 73 pessoas desaparecidas localizadas; solução de 14 ocorrências com veículos.
O sistema é conectado aos bancos de dados da Secretaria de Segurança Pública de São Paulo e a outros cadastros nacionais, permitindo ações rápidas e precisas. Bruno Reis e sua equipe estiveram na capital paulista em abril para conhecer de perto a operação.
Atualmente, Salvador possui cerca de 3,7 mil câmeras de vigilância. A prefeitura estuda integrar ao sistema imagens captadas por comércios, residências e condomínios particulares que aderirem ao programa.
“Vamos convidar as entidades privadas a colaborar com esse novo modelo de segurança pública, permitindo que suas câmeras também façam parte da rede de videomonitoramento”, disse Braga.
Além de combater o crime, o sistema poderá atuar na prevenção de vandalismo, invasões a escolas e postos de saúde, descarte irregular de lixo e furtos de cabos. A expectativa é que o novo CCO e o pacote tecnológico estejam operando parcialmente já no início de 2026.