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Uma brasileira de 22 anos vítima de tráfico humano foi resgatada após passar três meses em cárcere privado em Mianmar.
Vítima foi submetida à exploração sexual por integrantes da organização criminosa. A pernambucana estava em cárcere privado em um hotel no sudeste asiático. O nome dela não foi divulgado pela Polícia Federal.
Brasileira foi localizada após PF receber uma denúncia. A vítima teve seu nome incluído na lista de difusão azul da Interpol, o que possibilitou sua localização e resgate. Ela retornou ao Brasil ontem.
Criminosos aliciavam jovens brasileiras com falsas promessas de emprego. As investigações da polícia apontam que o grupo criminoso é composto majoritariamente por cidadãos chineses legalmente estabelecidos no Brasil. Eles prometiam empregos no estado de Karen, onde estão sendo erguidos, nos últimos anos, empreendimentos comerciais como hotéis e cassinos.
Mulher resgatada afirmou que tinha um “dono” enquanto esteve em Mianmar. “Falsas promessas de ganhos fáceis direcionadas a pessoas de baixa renda ou situação de vulnerabilidade se transformam em um pesadelo quando a pessoa se depara com uma situação de, praticamente, escravidão. A vítima resgatada se refere a um dos seus algozes como ‘dono’. É uma situação extremamente deprimente”, disse o delegado Márcio Tenório em entrevista à TV Globo.
Dois chineses e uma brasileira são suspeitos de integrar o grupo criminoso. Foram cumpridos dois mandados de prisão preventiva contra dois chineses, que foram detidos no momento em que desembarcavam no Aeroporto Internacional de Guarulhos, São Paulo, vindos do Camboja. Também foram cumpridas medidas cautelares contra uma brasileira, além de mandado de busca e apreensão em sua residência, na cidade de São Paulo.
Polícia Federal deflagrou a operação Double Key contra tráfico internacional de pessoas para exploração sexual. As investigações seguem em curso e os envolvidos responderão pelos crimes de organização criminosa e tráfico internacional de pessoas para fins de exploração sexual.