A importância de novas produções, dos mais diversos tipos de cervejas fabricadas no Brasil cresce e, consequentemente, aumenta a visibilidade acerca do mercado cervejeiro nacional. Com isso, também movimenta a economia e gera questões que não podem passar despercebidas.
Tivemos conhecimento de um fato incomum e, no mínimo antiético, que pode afetar novamente o mercado cervejeiro no Brasil. Dois novos estilos têm conquistado o interesse das cervejarias brasileiras: a Chica Contemporânea (estilo que leva malte de milho) e Manipueira Selvagem (que usa o líquido extraído a prensagem da mandioca para produção de farinha). Diante deste cenário, a entidade que deveria apresentar maior interesse em favorecer as cervejarias nacionais, surgiu com um pedido inusitado – a Associação Brasileira da Cerveja Artesanal (Abracerva), pede agora exclusividade nos direitos sobre estes dois tipos de cervejas, com solicitação de registro de marca sobre ambas.
Situação parecida com uma cervejaria que alguns anos atrás registrou o estilo HELLES e notificou outras cervejarias por considerar que tinha exclusividade sobre o uso do termo que é um estilo de cerveja de uso comum. Ou seja, a partir de agora a Abracerva também pode começar a notificar cervejarias brasileiras que queiram produzir os dois estilos, acima citados.
Outra situação que nos deixa em alerta, é em relação a matéria publicada – que pode ser conferida neste link https://11nq.com/hUEUY. Onde cita que o empresário e presidente da Abracerva, estaria supostamente referenciando a comercialização de cervejas vencida
Prestação de contas antigas para a Ablutec, também não foi realizada até hoje.
Além disso, a Ablutec vem a público pedir a prestação de contas dos valores repassados à Associação Brasileira das Cervejarias Artesanais (Abracerva) no período entre 2018 e 2019, já solicitada e nunca realizada pela entidade. Vale lembrar que o montante gira em torno de R$ 15 mil e que os repasses foram com objetivo de fomentar o mercado cervejeiro. Isso ocorreu durante a gestão do ex-presidente da entidade, que renunciou no ano de 2020, após sofrer pressões dos próprios associados para que o mesmo renunciasse.
O pedido é amparado pelo Código Civil que estabelece que, na ausência de um prazo específico acordado entre as partes, a Ablutec terá até dez anos para cobrar a prestação de contas. Portanto, pedimos esta prestação de contas ao atual presidente da Abracerva.
Por meio desta carta aberta, deixamos aqui registrado o alerta ao empreendedor e toda a cadeia produtiva da cerveja artesanal brasileira, para ficar atento com estas questões e para as escolhas de parcerias. E assim, não deixar afetar, mais uma vez, o setor cervejeiro.
Atenciosamente,
a Diretoria