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Na manhã desta segunda-feira (21), a Força Integrada de Combate ao Crime Organizado do Distrito Federal (FICCO/DF), com apoio do Núcleo de Fiscalização do Sistema Prisional (NUPRI), do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MP-DFT) deflagrou a Operação Cravante com o objetivo de desarticular esquema que promovia apoio externo a um líder de facção criminosa preso no DF.
Seis mandados de prisão e nove mandados de busca e apreensão, expedidos pela 1ª Vara Criminal de Brasília do TJ-DFT, são cumpridos no Distrito Federal e na Bahia.
Informações repassadas pela Secretaria de Administração Penitenciária do DF (Seap) constataram indícios de que pessoas diversas estariam se passando por um advogado, com a anuência dele, para se comunicarem com detentos reclusos no sistema prisional do DF. Segundo informações do site Metrópoles, as chamadas de vídeo eram vendidas por R$ 150.
Conforme informações obtidas pelo portal, o inquérito policial revela que ao menos cinco advogados e um estagiário de direito, alvos das ordens judiciais, se revezariam no atendimento a demandas de uma liderança de facção, atuando por fora do exercício profissional para promoção de uma organização criminosa.
Já a liderança presa faria uso da rede criminosa tanto para própria comunicação quanto para subsidiar contato externo para outros presos, com o objetivo de estender sua influência e atrair novos faccionados.
O preso suspeito de liderar o esquema possui passagens por organização criminosa e lavagem de dinheiro, motivo pelo qual se encontra preso preventivamente. Além disso, ele também é suspeito de participar do homicídio de um policial federal em Salvador, em setembro de 2023.
Os alvos dos mandados de prisão poderão responder pelos crimes de organização criminosa e lavagem de dinheiro, com penas que podem ultrapassar 20 anos de reclusão.
Eles também tiveram a suspensão da profissão decretada pela justiça. As investigações seguem em andamento.
A FICCO/DF é composta pela é composta por integrantes das polícias Federal (PF), Rodoviária Federal (PRF), Penal (PPDF), Militar (PMDF) e Civil do Distrito Federal (PCDF), e pela Secretaria Nacional de Políticas Penais (Senappen). A Força tem por objetivo a integração e cooperação entre os órgãos de segurança pública em ações de prevenção e repressão ao crime organizado e à criminalidade especialmente grave e violenta.