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A conclusão do inquérito sobre a morte da cantora Marília Mendonça e outras quatros pessoas, após a queda de uma aeronave, foi apresentada na manhã da ultima quarta-feira (4). O delegado de Caratinga, Ivan Lopes, afirmou que o acidente poderia ter sido evitado e responsabilizou o piloto, que também morreu durante o incidente em 2021, pelo caso. Para a PC de Minas Gerais houve negligência e imprudência do comandante da aeronave.
“Diante de todos esses cenários, os procedimentos operacionais da aeronave não foram responsáveis. O manual de treinamento da aeronave estipula a velocidade a ser feita na perna do vento, e o que ficou evidenciado é que os pilotos ultrapassaram essa velocidade, desrespeitando o manual e saindo da zona de proteção do aeródromo. Qualquer responsabilidade cabia aos pilotos observar. Dessa forma, houve negligência e imprudência”, disse, em coletiva de imprensa.
O laudo confirma que a aeronave se chocou contra uma torre de transmissão em Caratinga, no interior de Minas Gerais. O documento também descartou problemas técnicos no avião e mal súbito dos pilotos. O inquérito foi arquivado devido a morte dos responsáveis.
“Os fatores externos poderiam ter prejudicado; no entanto, a sinalização não era obrigatória. Os manuais de procedimento dessa aeronave não foram analisados pelo piloto, era dever de quem comandava a aeronave ter feito essa análise prévia. Havia documentos que possibilitariam aos pilotos identificar essas torres, as linhas de transmissão. A aeronave também dispunha de um equipamento que emite sinais sonoros na proximidade de obstáculos, mas ele pode ser desligado pelos pilotos; à medida que o avião se aproxima do solo, esse equipamento emite avisos. A aeronáutica não conseguiu chegar a essa conclusão em razão da deterioração da aeronave”, completou.
Os delegados também alegaram que a tripulação não respeitou os procedimentos de segurança na condução do avião e saiu da zona de proteção da rota.