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Decisão na tarde desta quarta-feira (23) tomada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, determinou que o ex-deputado e ex-presidente do PTB, Roberto Jefferson, permaneça internado em um hospital particular do Rio de Janeiro, para seguir com tratamento médico. A decisão de Moraes atende a uma recomendação de junta médica que verificou o estado de saúde de Jefferson e constatou que sua condição atual seria “extremamente frágil”.
Em meados de julho, o ministro Alexandre de Moraes solicitou à Secretaria de Administração Penitenciária do Rio de Janeiro que examinasse Roberto Jefferson, e informasse ao STF o seu estado atual de saúde. Uma junta médica da Secretaria realizou exames no ex-deputado, e constatou que ele manteria um “quadro depressivo”, com “incapacidade de se nutrir”.
“O paciente se apresentava emagrecido, mantendo quadro de insônia e distúrbio de depressivo, inapetente e com a mesma dificuldade de ingesta alimentar. Relata que faz pequenas refeições durante todo o dia e assim mesmo apresenta episódios de vômitos”, afirma a petição da Secretaria de Administração Penitenciária enviada ao STF.
Diante do quadro, o órgão concluiu que Jefferson precisará de “acompanhamento constante”, e que a Seap “não dispõe dos meios para ofertar ao paciente o adequado cumprimento de todas as medidas” médicas necessárias.
Além de decidir pela manutenção de Roberto Jefferson no Hospital Samaritano, o ministro também autorizou que ele receba visitas de sua mãe, Neusa Dalva Monteiro Francisco, e da filha Fabiana Brasil Francisco, que já foi casada com Marcus Vinícius Vasconcelos, atual presidente do PTB. Moraes impôs uma condição para as visitas: que sejam comunicadas previamente ao STF, com os dias e horários da ida ao hospital.
O ex-presidente do PTB Roberto Jefferson está preso desde 23 de outubro do ano passado, quando recebeu a tiros e granadas agentes da Polícia Federal que foram efetuar sua prisão, em Comendador Levy Gasparian, no interior do Rio de Janeiro. No começo do mês de junho, o político de 70 anos de idade foi encaminhado para o hospital com um quadro de apatia, insônia, distúrbio depressivo, inapetência e súbita perda de peso.
Dias antes, Roberto Jefferson tinha caído em sua cela, batido a cabeça e sofrido um traumatismo craniano. Os médicos da penitenciária reportaram ao hospital que após a queda, Jefferson passou a apresentar sintomas de confusão mental, desmaios, ouvia vozes e pronunciava frases desconexas.
De acordo com o relatório enviado ao STF, o ex-deputado chegou ao hospital com insuficiência renal, desidratação e com um quadro grave de desnutrição – havia perdido 20% do peso corporal. Ao chegar Hospital Samaritano, o político foi submetido a exames neurológicos e psiquiátricos, onde foi notado uma lentidão nas atividades mentais, perda de memória, ocorrência de convulsões e dificuldades para se locomover e realizar atividades básicas, como ir ao banheiro.