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Após quase cinco décadas de TV Globo, o ator Osmar Prado, intérprete do Velho do Rio no remake de Pantanal, não faz mais parte do grupo de funcionário da Globo e, nesta quinta-feira (13), ele abriu o jogo sobre os sentimentos após a ‘demissão’.
Em conversa com a colunista Fábia Oliveira, do Em Off, ele diz que seu último personagem foi um verdadeiro presente a garantiu que não ficou magoado com a não renovação de seu contrato.“Não era carteira assinada, ao término podíamos renovar ou não. Não [se] esqueça que os primeiros contratos a serem rescindidos foram dos [atores] Tarcísio Meira e Gloria Menezes, ícones históricos da Globo”, disse ele.“Ele [personagem] veio para mim numa conspiração cósmica, um presente do universo, pelos meus 63 anos de carreira e 75 de existência. Ele não veio à toa. Eu já sabia que a primeira opção era o Antonio Fagundes, que não o fez. O [diretor] Rogério Gomes então me telefonou e me chamou de “Veio” (risos), não acreditei. Ele estava me chamando para fazer o Velho do Rio, disse que sempre me quis [no papel]. Tenho recebido tantas manifestações de sensibilidade”, agradeceu.
Questionado se ficou alguma mágoa, ele disse: “Jamais. Sempre fui muito bem tratado e respeitado”, disse ele, revelando ainda que, após a mudança de visual, não é mais reconhecido: “Depois que eu tirei a barba e cortei um pouco que resta do cabelo, ninguém me reconheceu (risos). Ou se reconheceu, não teve coragem de se aproximar”, diz ele sobre o passeio que fez com a família em um teatro.O artista contou ainda que pretende descansar um pouco antes de emplacar novos projetos. Ele conta ainda que 2023 deverá ser seu último ano trabalhando.
“Pretendo descansar até o fim do ano. Ano de eleições, na esperança de um desfecho favorável ao povo brasileiro, de vitória da democracia. Projetar para 2023 o início do terceiro e último ciclo de vida profissional e pessoal. Como disse Che Guevara: ‘Não que esteja desejando a morte: mas está dentro das possibilidades possíveis’”, concluiu.