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Um gerente de uma rede hoteleira, que está na função há uma década, revelou um pouco sobre os bastidores dos hotéis chiques no Rio de Janeiro em entrevista ao colunista João Arruda. Sem revelar sua identidade, o gerente comentou que MC Kevin, que morreu após despencar do quinto andar de um hotel , não é o primeiro a tentar fugir pela varanda com medo de um flagrante – Pelo visto, é um padrão.
“Não, [Kevin] não foi [o primeiro]. Um hóspede ficou tão desesperado, achando que a operação da polícia era contra ele, que fez uma ‘teresa’ (corda feita de lençóis) e saiu pela janela do quarto, no oitavo andar, para o de baixo. No quarto onde ele estava hospedado ficou a cocaína que ele estava usando, toda espalhada. Olha, é complicado!”, disse o gerente.
Questionado se é mais dicífil lidar com hóspedes famosos do que anônimos, ele dissertou. “Não… Por incrível que pareça, não. Há hóspedes ditos ‘normais’ que dão bem mais trabalho. Acham ‘estou pagando, posso tudo’. Acreditam ter o direito de usar tudo e muito mais, choram desconto. Tem famoso que é supertranquilo, passa praticamente imperceptível”.Ao falar sobre hóspedes problemáticos, o gerente revela que existe um grupo no WhatsApp com colegas de outros hotéis para falar sobre este tipo de cliente. “Sim, existe um grupo (de WhatsApp) de todo o pessoal que trabalha em hotelaria. Lá estão listados não só os famosos problemáticos, mas também gente que vem aplicando golpes em hotéis. Os funcionários se falam para ficarem alertas. Se uma pessoa deu problema num hotel, com certeza todos os outros vão saber”, encerrou.